Seres produtores

 Uma Universidade nos EUA decidiu abolir definitivamente do seu léxico, ou até se lembrarem de outra coisa mais interessante para fazer, as palavras Homem e Mulher, passando o primeiro a designar-se por “ser que produz sémen” e o segundo por “ser que produz óvulos”, tudo isto numa tentativa de ser mais inclusivo para as novas espécies que vão aparecendo um pouco todo o lado e não vá também  o diabo tecê-las e alguma criançola lembrar-se, como foi o caso passado em Inglaterra onde uma professora de um renomado colégio foi convidada a demitir-se por ter dito à entrada da sala de aulas “Bom dia, minhas meninas e meus meninos”, mas em inglês, claro, ofendendo assim alguém que não se considerava nem uma coisa nem outra, ou melhor,. ofendendo aqueles que julgando-se uma coisa ou outra, decidiram que poderia haver alguém que, não se considerando uma coisa nem outra, se poderia sentir descriminado. E vai então de apresentar queixa formal à direcção do Colégio que, em vez de ouvir atentamente a exposição dos alunos e no final após uma pausa mais ou menos prolongada se despedir deles com um “vão se foder”, decidiu convidar a professara a apresentar a demissão porque, naturalmente, o Colégio sobrevive das propinas pagas pelos papás de tão sensíveis alunos.

No presente caso, prevendo que mais cedo ou mais tarde ir-se-ia dar um motim, foi a própria Universidade que decidiu preventivamente ter tento na língua e na escrita. 

Todavia, analisadas bem as coisas, esta nova forma de designação do ser do sexo masculino e do ser do sexo feminino, não é inócua e se não houver algum bom senso pode provocar mais assimetrias do que igualdade de tratamento.

E dou aqui dois exemplos: E se um “ser que produz óvulos” matriculado naquela instituição de ensino, por qualquer motivo de saúde ou genético não os produz? Como é que o professor a chama? “pode vir ao quadro o ser que produz óvulos excepto aquela ali do fundo de cabelo apanhado”? E ser for um ho… quero dizer um” ser que produz sémen” que não tenha capacidade de o produzir? Como é que o vão designar? “o ser produz sémen excepto aquele de borbulhas na cara que está sentado ali no canto”? ...bom também não interessa muito, a verdade é que seja o que for que lhe venham a chamar, para os colegas e amigos chegados vai ser sempre o “meio colhão”.

Ter-se-á também que ter atenção que esta medida não terá apenas repercução dentro dos muros da Universidade. Muito em breve os tradicionais e seculares Clubes de Gentlemen, serão substituídos por Associações de Produtores de Sémen do Alto Alentejo e do Concelho de Coruche, e as ex reuniões femininas da Tupperware passarão a designar-se por Convívios das Produtoras de óvulos do Alto Tâmega… muito menos simpático.

Por outro lado o António Costa esfregou as mãos de contente e já obrigou os novos produtores portugueses a abrir actividade nas finanças como trabalhadores independentes e a ter contabilidade organizada com o registo contabilístico de todas as transacções efectuadas, quer sejam de índole comercial, quer a título gratuito. A saber:

1. Masturbação 

Ser que produz sémen ou ser que produz óvulos - Registar na conta “Perdas por imparidade por desvalorização da mercadoria a 100%”

2. Queca a título gracioso

ser que produz sémen – Registar na conta “Eventos comemorativos”

ser que produz óvulos - Registar na conta “Custos de acção social” e se engravidar não esquecer de pagar mais valias ao Estado após o nascimento do bebé.

3. Queca a título honeroso

ser que produz sémen – Registar na conta investimento de alto risco e deduzir as despesas de equipamento de protecção individual e aluguer de quarto de hotéis e pensões

ser que produz óvulos  - Registar na conta “Vendas a dinheiro”


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