A Europa e o Festival da Eurovisão 2023
Foi ontem transmitida na RPT 1 a 1ª semifinal do Festival da Eurovisão e não é exagero dizer que foi das melhores prestações que vi uma representante portuguesa fazer neste evento anual. Arrumou todos! Até mesmo aquele noruegueses vestidos de alface e com uma coleira de pregos, que pelos vistos serão os favoritos. Tão favoritos que a apresentadora maior de todas, muito maior que todas, não cessou de lhes fazer publicidade após a sua actuação ou mesmo durante a votação imitando os gestos da dança do cantor.
A nossa Mimicat, de quem eu nunca tinha ouvido falar há mais de dois meses atrás e nem mesmo recordo de ter ouvido a canção anteriormente, deu cabo deles. Uma apresentação equilibrada e animada quanto baste para dar vida à coisa, mas não se confundir com aqueles bandos que por lá aparecem a fazerem momices (não está por aí o Pepe, pois não?) e um cenário de luzes espectacular que também não caiu naquela armadilha do exagero e da bimbalhice extrema com que normalmente os países de leste nos presenteiam.
Naturalmente que a nossa canção não será a vencedora, nem provavelmente ficará nos primeiros 8 lugares. Quem decide o vencedor, o publico, não tem o mínimo de cultura musical, gosta de espalhafato e aberrações musicais. Ganha o que for mais diferente e o mais aberrante, o mais contra cultura. Nos dias de hoje os ABBA seriam chacinados por um qualquer Zlotev Miroslav ou um Blinky Azurat que usasse um piercing nos olhos e soquetes de pompons até ao joelho. A Europa outrora conhecida como o centro da actividade cultural, actualmente escorre azeite, tornou-se azeiteira e confunde o querer ser diferente do ser bom.
No meio disto tudo parabéns à Mimicat.
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