Sempre desejei ter um projecto.
Na altura toda a gente tinha um, e por conseguinte também um me julguei no direito de ter o meu projecto.
Na altura músicos deixaram de fazer álbuns para fazerem projectos, guionistas deixaram de escrever guiões para fazem projectos, actores deixaram de estar envolvidos em filmes e teatro para fazerem projectos, desempregados deixaram de estar desempregados para estarem entre projectos, arquitectos deixaram de fazer projectos para fazerem pro… bom esses sempre fizeram projectos, mas a realidade é que tinha chegado a minha vez.
E foi assim que no dia 29 de Setembro de 2010, surgiu este meu projecto. Um blogue onde pudesse atormentar as almas sãs que deparassem com esta pagina e que por acaso tenham sobrevivido ao primeiro impacto da minha fotografia de perfil.
Nesse mesmo dia, à noite, criei um perfil no Facebook e foi assim que no dia 30 de Setembro de 2010, deixei este projecto para trás das costas após ter deixado em rascunho uma enigmática frase “no início eram as trevas”. Não sei o que quereria dizer com aquilo mas certamente teria algum impacto a quem o lesse.
Comecei a publicar no Facebook tudo o que me ia na alma e o Facebook agradeceu a minha participação e bloqueou-me, não uma vez nem duas, mas de forma sistemática e persecutória sem me dar o direito ao contraditório. Palavras como paulada, homofóbico e mariconças - esta última a respeito de uma fotografia de uma sobrinha minha com apenas 2 anos - foram retiradas de contexto e consideradas de incentivo ao ódio e desrespeitosas dos padrões da comunidade… ok, da última vez quando disse que um ministro russo merecia levar com um míssil pelo cu acima talvez tenha sido um pouco desrespeitoso mas, em minha defesa, alego ele começou primeiro, quando ameaçou começar uma guerra atómica. Só que ele tem poder para o fazer e eu, por muita boa vontade que tenha, não tenho meios nem paciência para fazer cumprir a minha ameaça. Mas disso o Facebook não quer saber, quer é que todos sejam bem comportados e correspondam aos padrões comunitários que eles próprios criaram para toda a gente se comportar como carneirinhos bem educados. Nunca o fui e não é agora que o irei ser.
Foi assim que a 20 de Maio de 2022, me encontro novamente debruçado sobre este projecto que, conto, venha a durar pelo menos até à semana que vem.
Uma coisa garanto: escrever o que me vem à cabeça.
Não procurarei ser o dono razão nem da verdade e nem por aqui será encontrada a arte de bem escrever, quanto muito o sarcasmo e, nos meus melhores dias, alguma ironia.
Ah, e irei escrever com o português que me ensinaram na escola e com as asneiras que fui aprendendo entretanto
Até já.
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