Sexista? Talvez...um pouco

 Apesar de todas as sondagem indicarem este resultado, a Europa acordou em choque com mais um governo europeu a virar à direita, ou à extrema-direita como o jornalismo português decidiu chamar à coligação de direita que venceu as eleições em Itália.

O que era impensável há uns anos atrás está-se agora a tornar uma realidade que ninguém pode ignorar, primeiro a Suécia, agora a Itália e futuramente, se tudo correr bem a este novo governo italiano, a França.

Na realidade, para mim, a única surpresa veio da Suécia que viu um Ulf Kristersson derrotar Magdalena Andersson. Já em Itália, a vitória de Giorgia Meloni sobre Enrico Letta era mais que esperada, pois a esquerda jamais poderia esperar que um qualquer Enrico Letta vencesse uma Giorgia Meloni uma vez que toda a gente sabe que os italianos, e também os portugueses, porque não dizê-lo com frontalidade, têm uma particular apetência por uns bons melonis, principalmente quando são de dimensão considerável e possuem uma certa resistência ao toque.

Para os mais atentos, seria portanto mais que provável que num país que há uns anos se atreveu a eleger uma Cicciolina como deputada, os eleitores não hesitassem em colocar o destino da nação nas mãos de outra mulher, desta feita uma Meloni, porque eles próprios, tal como nós, não hesitam em colocar o seu destino, e se possível também mãos, em qualquer meloni que porventura lhe apareçam pela frente, muito principalmente quando viajam de metro à hora de ponta.

Da mesma forma que não tinha quaisquer dúvidas sobre o resultado das eleições em Itália, também não tenho qualquer dúvida que se a direita grega, um dia, encontrar uma Paola Papatodos que os represente, tem a vitória garantida por larga maioria, venha de lá um Sipras ou quaisquer outros para dar a volta à coisa.

Até os ingleses que são excepção em tudo, trocaram um Boris Jonhson arraçado de cocker por uma Theresa May…be 

Infelizmente e segundo se tem verificado, a esquerda europeia não tem acompanhado esta tendência, revelando uma completa falta de vocação para o marketing e continua a ser representada por essa Europa fora pelos Jerónimos, Catarinas e Marianas desta vida, que são nomes tão apetecíveis aos eleitores, como a visão de um peixe dentro de uma alcofa num mercado africano o é ao consumidor europeu.

Não aprendem e perdem em toda a linha! Imagine-se os resultados das eleições presidenciais às quais concorreu Mariana Mortágua, se em vez do seu apelido ser Mortágua fosse, por exemplo, Boaqueca? Lá tinha ido de pinote o Marcelo.

E a Catarina Martins se tivesse por pai o Sr. Bateforte? Eleições ganhas por muitos em vez de estar vergonhosamente quase sem representação parlamentar.

Resta-nos assim esperar mais três anos para ver se Partido Socialista tem coragem política para convidar para presidente do partido a Patríca Mamona ou se vai deixar que o André Ventura se antecipe.


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