CSI - Procuradoria-Geral da República

 Peço desculpa, mas lança-se o país numa crise política a meio da discussão de um orçamento fulcral para Portugal e para os portugueses, devido a um comunicado da Procuradoria-Geral da República (PGR), no qual se refere que, "no decurso das investigações" aos membros do Governo e empresários envolvidos num processo que investiga negócios relacionados com a exploração de lítio em Montalegre, surgiu "o conhecimento da invocação por suspeitos do nome e da autoridade do primeiro-ministro e da sua intervenção para desbloquear procedimentos no contexto suprarreferido".

Ou de uma forma mais curta; os suspeitos, leia-se membros do governo e empresarios envolvidos num processo de investigação, numa qualquer altura, invocaram o nome e autoridade do primeiro ministro para desbloquear procedimentos". Como?, pergunto eu. Do género "olhe, veja lá que eu sou amigo do primeiro-ministro"? Ou "olhe que foi o primeiro ministro que mandou"?
Na minha opinião, num caso desta magnitude, pedia-se, no mínimo, algumas provas concretas do envolvimento de António Costa neste esquema, ou que a PGR conservasse alguma discrição enquanto decorresse a investigação. Caso contrário, abre-se um precedente perigoso, onde a Procuradoria-Geral da República estará apta, a qualquer momento, a vestir a fatiota de um qualquer general africano e, com a sua sede de protagonismo, realizar Golpes de Estado a seu belo prazer.

E digo eu isto, que tanto tenho batido no Costa.

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