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A mostrar mensagens de setembro, 2022

Os beneméritos senhores

Mal passado o primeiro ano sobre a abertura do um curso de Medicina numa Universidade Privada, a Católica, e aí está a notícia que toda a gente temia mas que todos sabíamos que, mais tarde ou mais cedo, sabíamos que iria acontecer. Um aluno foi admitido no mestrado integrado em medicina com a média de 158,1  ministrado por aquela universidade,  em resultado, de um regime especial de candidatura  destinado aos descendentes em linha recta dos beneméritos daquela  instituição, que eu teimo agora e doravante em escrever com letra pequena. Sabe-se assim que há uma lista de candidaturas para os alunos em geral e uma candidatura para filhos de beneméritos, ou seja aqueles que, de qualquer forma, beneficiaram a universidade. Assim de longe e à primeira vista em qualquer país mais ou menos sério, esta situação afigura-se-ia um caso de corrupção activa "toma lá umas moedas e assegura o futuro dos meus descendentes sem que eles tenham de se esforçar muito" ou, no mínimo e acred...

Sexista? Talvez...um pouco

  Apesar de todas as sondagem indicarem este resultado, a Europa acordou em choque com mais um governo europeu a virar à direita, ou à extrema-direita como o jornalismo português decidiu chamar à coligação de direita que venceu as eleições em Itália. O que era impensável há uns anos atrás está-se agora a tornar uma realidade que ninguém pode ignorar, primeiro a Suécia, agora a Itália e futuramente, se tudo correr bem a este novo governo italiano, a França. Na realidade, para mim, a única surpresa veio da Suécia que viu um Ulf Kristersson derrotar Magdalena Andersson. Já em Itália, a vitória de Giorgia Meloni sobre Enrico Letta era mais que esperada, pois a esquerda jamais poderia esperar que um qualquer Enrico Letta vencesse uma Giorgia Meloni uma vez que toda a gente sabe que os italianos, e também os portugueses, porque não dizê-lo com frontalidade, têm uma particular apetência por uns bons melonis, principalmente quando são de dimensão considerável e possuem uma certa resistênci...

Tigres da Tasmânia e outras reflexões

 Cumprido o penoso período de férias (óptimo, ainda não perdi o sentido de humor), cumpre-me dissertar um pouco sobre algumas notícias que fui dando conta nesta quadra, mas que uma imensa preguiça me impediu de escrever sobre elas. Em primeiro lugar e como primeiro assunto, gostaria de abordar a vontade manifestada por um grupo de cientistas australianos de “ressuscitar” da extinção o Tigre ou Lobo da Tasmânia cujo último exemplar se finou na década de 30 do século passado. Referem estes investigadores que actualmente possuem os meios técnicos e científicos que permitem, num prazo de 10 anos, recriar esta espécie que a Natureza demorou milhões de anos a apurar e o homem meia dúzia de séculos a exterminar. A ideia passa por utilizar células estaminais e tecnologia de edição de genes, transformando células de um marsupial existente, em células do Tigre da Tasmânia que, posteriormente, darão origem a um embrião que se desenvolverá ou in vitro ou no ventre de uma receptora. Em caso de ...

Fátima

No início de Agosto, lá pela noitinha, tive oportunidade de assistir pela primeira vez à produção luso francesa do filme Fátima, versão de 2017, para o qual, após muita reflexão, decidi dar o meu contributo crítico. E a minha opinião sobre este filme é simples: Um horror!  O filme devia ser estudado nas faculdades como um caso do que não se deve fazer num filme.  O argumento simplesmente não existe! Uma mão cheia de gajas saem de Vinhais para irem calcorrear estradas a pé até Fátima. Ponto final parágrafo! É isto!  Pelo meio não se passa nada a não ser ver aquele magote de mulheres a andar e a dizer palavrões. As actrizes, algumas delas ou quase todas elas com méritos reconhecidos na indústria cinematográfica, são completamente desaproveitadas por um guião que também parece não existir. Aliás, estou convencido que quem mandava naquela traquitana toda, chegava de manhã ao local das filmagens e dizia apenas; “olhem hoje a Amparo discute com a Nazaré e depois digam mais cois...

Ebora Liberalitas Julia

  Para assinalar o fim das minhas férias do ano de 2022 e para mostrar aos outros que fui para algum lado, na passada quinta-feira, peguei no subsídio de férias, enchi meio depósito e, sempre a 80 ou 90 km/h para não gastar muito, dirigi-me com a família a Évora ou como os romanos lhe chamavam a   Ebora Liberalitas Julia que é uma cidade que dizem ter muito para ver. O muito para ver começa logo antes de Évora para quem vai pela N114 ou coisa parecida e chama-se uma Anta do Zambujeiro e outra Cromeleque dos Almendres que são uma espécie de pedras empinadas. Como já tinha visto uma vez uma e uma pedra empinada é uma pedra empinada não fiz caso algum das placas e segui viagem. Já em Évora, o primeiro monumento que dou conta é um parque de estacionamento gratuito para o qual me apressei a dirigir o automóvel. Era de terra batida é certo mas gostei dele e lá estacionei. Como é habito meu ser muito metódico a viagem estava perfeitamente programada com rotas e horários especí...