CR 7

 

Custa-me dar conta que após tantos anos de uma suposta evolução e um maior e melhor acesso quer à informação quer à educação, este povo português continue tão mesquinho e invejoso do sucesso alheio como o era há 60 anos atrás.

Os comentários sobre Cristiano Ronaldo que nas últimas semanas se têm propagado pelas redes sociais e pelos órgãos de comunicação social que alimentam este autêntico esgoto a céu aberto, espicaçando a opinião medíocre dos Zé Ninguém que a única ambição que têm não é chegar lá a cima mas trazer para o lodo em que chafurdam quem por mérito próprio chegou ao topo.

Rejubilarem com o impasse que a vida profissional de Cristiano Ronaldo atravessa é miserável e diz mais de quem julga do que de quem é julgado. Esquecem o percurso do homem e do atleta que, à noite, na Academia do Sporting, quando os colegas descansavam, ele ia trabalhar para o ginásio; esquecem o atleta e o homem que era o primeiro a chegar e o último a sair dos treinos pelos clubes por onde passou; esquecem os golos, o magistral golo de bicicleta ao serviço da Juventus, as fintas, os recordes, as taças, os prémios, as alegrias que deu aos adeptos dos clubes por onde passou, as alegrias que deu aos portugueses a representar a selecção e ao vê-lo subir aos palcos para receber a Bola de Ouro; esquecem as vezes que nos fez levantar de sofás e cadeiras dos estádios para gritar golo e abraçarmos o desconhecido que está ao nosso lado, esquecem os três golos que marcou à Suécia. Eu estou aqui! Eu estou aqui!

Os portugueses só querem saber de marquises e da vaidade do Cristiano Ronaldo, só querem mostrar a sua superior moral “se fosse eu…” não, não são, nunca serão como ele. Nunca serão como ele porque serão sempre pequenos e nunca farão parte da história ao contrário de Cristiano Ronaldo que será sempre lembrado como um dos maiores, se não o maior, jogador de todos os tempos.

Quanto a vocês, pequeninos, não passarão disso mesmo!

 

Saudações benfiquistas!

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