Rua do Alecrim
A propósito de nada.
Vinham hoje à minha frente, e a descer lado a lado a rua do Alecrim, duas jovens meninas, uma preta e uma branca, que andariam, talvez, lá pelos seus vinte anitos e com o ar inconfundível de quem mora em Monte Abraão ou terras assim.
A preta, magra e negra como a ferrugem e a branca com um cu que eu, à primeira vista, confundi com o Largo Camões, com tuk tuks estacionados e tudo, Mas o que impressionava mais não era aquela enorme mole de carne cujo relevo geológico deixava adivinhar uma enorme actividade sísmica ou meteórica que cravara a superfície com profundas crateras de celulite, o que impressionava mais eram aqueles pobres butties, que se esforçavam para não serem engolidos por aquele enorme nalguedo que se fosse um ciclone estaria certamente classificado como grau 5.
A sério que ainda pensei tirar uma fotografia para memória futura. Pus a câmara do telefone em modo parorâmico para fazer uma 360º que captasse o início da anca que ficava a Leste e o seu termo que apontava a Oeste. E vai de apontar, mas nada, apanhava perfeitamente os eléctricos a subir a rua, um taxista a ajudar uma idosa a apear-se do veículo, os petroleiros no Tejo, a outra Banda, mas focar aquele rabo é que não "Out ok range, out of range" e nada de disparar. Resultado!, como prova desta aparição, tal como o Yeti ou o Sascjuatch só a minha palavra.
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