Prenda de aniversário
Passada que está uma semana (quase) sobre o meu aniversário, é chegada a hora de reflectir e fazer as contas sobre esta efeméride tão importante como a passagem do cometa Halley.
Feitas então as contas recebi 2 (duas) prendas: Uma da minha cunhada, que, reconhecendo a minha personalidade afável, simpática e encantadora, me ofereceu uma flor, um cacto mais precisamente, cheínho de picos por todo o lado.
A outra prenda, embora atrasada, foi de quem eu menos esperava, do MAI. Uma missiva trés charmant, repleta de fotografias do nosso ultimo encontro na Estrada Nacional 252 e onde me intimava a pagar uma multa no valor de 60 euros por seguir naquela via à estonteante velocidade de 67km/hora num local onde apenas se pode circular a 50km/hora sob pena de poder causar danos irreversíveis a uma qualquer agulha de pinheiro manso que tenha o azar de ir a atravessar a estrada quando eu fosse a acelerar como um doido por ali fora.
A paisagem do local em questão e que tantos cuidados merece ter da parte de quem comanda estas coisas da velocidades na estrada, é constituída, para além da via onde eu circulava e do radar escondido algures, por um casebre abandonado do lado esquerdo, que apenas tem utilidade para se colarem cartazes das corridas de toiros da região e uma estrada de terra batida do lado oposto de onde eu nunca vi aparecer qualquer veículo incluindo carros de bois ou sequer simples carrinhos de mão. Não duvido no entanto que esta tal estrada tenha muito movimento e seja um corrupio de trânsito e de pessoas a atravessar a estrada quando eu lá não estou, só que eu nunca vi, mas não me surpreendia nada em vir um dia a saber que milhares de condutores e de peões passem horas escondidos atrás dos pinheiros à espera que eu passe e só depois de eu estar fora de vista é que se façam à estrada com satisfação por me terem feito pensar que aquela via não tem trânsito, pessoas, animais ou qualquer outro tipo de vida senciente onde se inclui fantasmas e libelinhas.
Agradeço assim a sensibilidade do Ministério da Administração Interna a amabilidade de se ter lembrado de mim e dizer-lhe que não valia a pena ter-se incomodado por minha causa, pois estou certo que terá muitas outras ocupações urgentes que fez o favor de interromper só para me dar esta satisfação.
Obrigado,
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