Haja vítimas para tanto INEM
Noticia hoje a Antena I que o INEM irá abrir um inquérito á morte de uma senhora de 50 anos que, em Janeiro, sofreu um AVC na sua casa, em Vendas Novas, e, apesar dos familiares terem ligado para o 112, só tiveram socorro 2 horas depois por falta de meios do INEM e dos bombeiros locais.
A pergunta que se coloca é onde andam as ambulâncias do INEM e das várias corporações de bombeiros deste país?
A pergunta é, naturalmente, retórica para as pessoas mais atentas e que lêem as notícias com olhos de ver, como diria o meu saudoso pai. Se não, atentemos nestes cinco pequenos exemplos de notícias que retirei dos meios de comunicação social só nesta última semana:
1 - Mãe e filha morrem num acidente em M. No local encontram-se 18 veículos e 40 operacionais dos Bombeiros de M. INEM e GNR.
2 - Homem morre em despiste de carro ligeiro de mercadorias em P. Foram mobilizados para o local 17 operacionais dos bombeiros de P, do Instituto Nacional de Emergência Médica e da GNR, apoiados por nove viaturas, incluindo a viatura médica de emergência e reanimação (VMER) de P e uma ambulância de Suporte Imediato de Vida de P.
3 -Funcionário da Câmara de M morre atropelado após despiste de viatura junto á escola secundária. Os passageiros da viatura “tinham pequenos arranhões e feridas e estão todos agitados, são miúdos especiais”. Este sinistro implicou a mobilização de 23 operacionais, apoiados por 10 viaturas. Incluindo bombeiros, PSP e Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que enviou a viatura médica de emergência e reanimação (VMER) de B.
4 - Um homem de 79 anos, de nacionalidade portuguesa, ficou ferido com gravidade esta terça-feira após ser atropelado em Lagoa, no Algarve. Para o local foram destacados 12 operacionais, apoiados por cinco viaturas.
5 - Após uma colisão entre um veículo ligeiro e um motociclo que causou três feridos, segundo fonte da Protecção Civil. As três vítimas estão a ser assistidas no local. Às 10h43 estavam no local 18 operacionais, com o apoio de oito veículos.
Atendendo a estes números, é-me difícil entender, e penso que a qualquer outro cidadão também o é, que não existam meios suficientes para socorrer uma pessoa que precise de ajuda. E a sensação que me fica é que estas entidades, agem um pouco como os trabalhadores das Câmaras Municipais deste país, onde um desgraçado de um preto está no fundo de uma valeta com uma picareta na mão a furar o chão e estão cá em cima dez mandriões à espera que ele faça bem o seu trabalho.
Desculpem se me enganei.
Comentários
Enviar um comentário