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A mostrar mensagens de junho, 2023

Pós Brexit

 Afinal ainda estamos todos vivos, excepto, claro está, os desmancha prazeres que só para me estragarem a teoria fizeram entretanto o favor de morrer. Passou uma semana e cá continuamos a consumir o oxigénio da atmosfera com a inocência só concedida aos ignorantes e aos pobres de espírito e como se nada de extraordinário se tivesse passado. O anunciado cataclismo mundial, só comparável nos livros de economia à extinção dos dinossáurios, não se verificou. As pessoas normais esqueceram o que é o Brexit, o que é a Grã Bretanha e alguns mais distraídos esqueceram-se mesmo do que é falar inglês e até a própria selecção inglesa teve dificuldade de encontrar o caminho para casa quando foi eliminada do Euro. Foi tudo uma encenação, um faits divers, só a Catarina Martins andou por aí mais uns dias entretida com a coisa até se calar de vez e começar a pensar nos direitos inalienáveis da minoria étnica dos Senegaleses albinos, que vivem numa aldeia de xisto do concelho de Mirandela. O resto p...

Não ofendereis

 Na senda do mundo coninhas que estamos a construir para os nossos filhos, soube que, à semelhança da Unilever e na sequência das manifestações antirracismo motivadas pela morte de George Floyd, a LÓreal vai retirar as palavras branco, branqueamento, claro ou clareamento dos seus produtos para a pele da L’Oréal uma vez que estas designações poderão ter conotações étnicas ou racistas por direcionarem os respectivos produtos para uma raça específica: a branca, uma vez que pretos, excepção feita a Michael Jackson, amarelos e vermelhos não terão interesse algum em branquear ou clarear o que quer que seja. Depois de ter andado à procura e encontrado o meu neurónio que ao ler esta notícia decidiu esconder-se na gaveta das meias, comecei a dar-lhe uso e a pensar nas implicações que este pequeno passo dado por estas marcas poderá ter na nossa vida futura. Qual será o futuro dos bronzeadores? Poderemos utilizar sem ofender alguma raça ou etnia? E em caso afirmativo como os podemos pedir na ...

Diabetes e racismo

 De acordo com os resultados de uma investigação publicada na revista científica Lancet, caso não haja uma revisão da estratégia na luta contra a diabetes, em 2050, haverá no mundo cerca de 1.300.000.000 (mil e trezentos milhões de pessoas)  com o tipo 2 desta doença. O dobro das que existem actualmente. As principais causas segundo o estudo serão, a obesidade, a falta de exercício físico e a alimentação. Às quais se acrescenta agora como factor potenciador desta doença, a localização geográfica. A localização geográfica é que foi para mim algo surpreendente, mas só porque felizmente nunca tinha pensado na diabetes e normalmente o nosso cérebro associa-a automaticamente a gordos, mas reflectindo sobre o assunto, é fácil de compreender que populações com maior dificuldade de acesso a educação alimentar e a uma alimentação variada e saudável terão mais propensão a contrair esta doença, sejam gordos ou não.  Errado! Com localização geográfica, o estudo não pretende abranger ...

Carris Metropolitana

  Viajar nas carreiras da Carris Metropolitana é sempre uma aventura digna dos melhores tempos de Livingstone, Stanley,   Ivens e Capelo   nas suas memoráveis travessias do continente africano que se Sá ia sempre onde se   iniciavam mas nunca se sabiam onde iam terminar, Hoje, ao tentar a temida travessia do Cais do Seixalinho até à Atalaia, dirigir-me em primeira instância a um autocarro identificado com o número 4504 e os dizeres Passil (Atalaia). Após esperar cerca de 7 minutos pelo motorista, neste caso um elemento do sexo feminino ou algo parecido, que até ali estava em parte incerta, fomos por ela informados que o 4504 que ia para a Atalaia, não ia para a Atalaia, pelo que devíamos dirigirmo-nos ao cais que estava a dois lugares ao lado e tomar o autocarro 4502 que dizia Alcochete Convencidos que Alcochete em língua Aramaica ou noutra qualquer língua morta, queria dizer Atalaia, lá fomos nós em fila indiana para o cais seguinte. Pezinho no degrau para s...